quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A arte de dar e receber presentes




Quem nunca ficou na bananosa ao ter que comprar um presente.

Adoro dar presentes. Sempre que viajo perco um tempo enorme comprando presentes. Mas de uns tempos para cá, só compro para aqueles que gosto muito. Na verdade, eu faço diferente de muita gente. Não sou de dar presentes em datas especiais. Gosto muito de ver o objeto e lembrar de alguém. Achar que tem algo a ver com a pessoa. Vou olhando muitas vezes para comprar algo para mim mesma e depois descubro que o objeto tem muito a ver com alguém de quem gosto muito.

Acho um saco ficar procurando um presente e não encontrar nada que eu ache que vai agradar ao fulano (a). Procuro...procuro e nada. Do mais caro ao mais barato e não sentir que vai bem com o perfil da pessoa.


Uma cx de bombons? Já tem aquela da pessoa estar fazendo dieta. Todos gostam mas alguns resistem.

Um perfume? E aí vem o pensamento de que é algo muito pessoal e que se agrada a mim, pode não agradar ao outro. Uma roupa? Caramba, meu jeito clássico de vestir me diz que essas modernidades são meio bregas. Uma coisa ou outra, um acessório, um detalhe ou algo diferente que eu saiba que tem curta duração, pois é moda, eu compro. Depende muito.




Mesmo pq não compro pq está na moda, compro pq gosto.

Uma jóia? Bem, pode agradar mas aí me vem outro pensamento. Poxa, é tão carinha!! Depende da pessoa e da grana disponível no momento.




Uma caixinha de música ou um porta jóias? Nem todas gostam.




Aíiiiii...nessas alturas já rodei o shopping todo e não vi nada. Até sapatos e bolsas. Mas o meu gosto é meio sofisticado e com certeza não combina com a pessoa.
Lá vou eu para outras praias. Com fome, cansada e já desgastada de ficar de loja em loja azucrinando as vendedoras e saindo de mãos vazias.
E o dia da entrega se aproxima e até agora nem uma idéia de algo que possa agradar a pessoa.

Dar um dinheirinho e pedir para ela comprar o que gosta? A pessoa é simples mas pode se ofender com a quantia. Tb pode ser que não. Melhor não arriscar. Para tanto é preciso conhecer bem a pessoa.

Minha mãe dizia que cavalo dado não se olha o rabo.

Mas não é nada confortável procurar há dias um presente e a pessoa não se agradar dele.

Já vi gente pegar o presente e deixar de lado, ir embora e o presente ficar no lugar onde deixou como se tivesse esquecido.

E a expressão? Tem gente que ao abrir o pacote dá um sorriso desmaiado e um obrigado meio sem graça com vontade de jogar o presente na nossa cara. Outros dizem: não precisava se preocupar.

E alguns recebem presente de grego.
Estou com a minha nãe. Presente é presente e não temos que ver pelo preço ou pela qualidade, mas sim pelo que ele simboliza em termos de carinho da pessoa que nos oferta.
Volta e meia recebo lembrancinhas de amigos e sempre guardo com carinho. Não jogo fora e nem passo adiante. Dizem que traz azar.
Uma vez, uma conhecida, deu para a uma pessoa o presente que ganhou dela no Natal anterior. Ela esqueceu de quem tinha ganho o presente e cometeu essa gafe.
Portanto, passar presente adiante, nem pensar.
Uma coisa que me tira do sério é dar presente a alguém e, por falta de oportunidade, deixar em algum lugar para o indíviduo ir pegar e ele não dá a mínima. Passa o tempo e vem alguém dizendo: olha, a pessoa nunca veio buscar o seu presente. Um descaso, uma falta de classe sem limites.
É menosprezar a pessoa.
Vc faz um carinho e o outro retribui com um coice.

Como gosto de presentear, procuro sempre o melhor e o que possa agradar a pessoa. Procuro algo de utilidade e na certeza de que vai ter uso.
Mas já dei presente que ao mesmo tempo fui dizendo: se não gostar, pode vender e comprar outra coisa pois custou tanto. Falo isto com os meus filhos e o meu marido e se for alguém da minha confiança.

A melhor maneira de se presentear alguém, não é comprar coisas caras ou que passe uma falsa informação de custo alto. É sim, ver a real necessidade da pessoa como também o gosto. Até pode-se arriscar comprar algo por estarmos confiantes no nosso bom-gosto.

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